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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Paleontologia

Cientistas argentinos descobrem crânio de mamífero mais antigo da América do Sul

Os crânios revelam que o mamífero tinha longos dentes caninos, focinho estreito e uma cabeça curta e arredondada

Cronopio dentiacutus Cronopio dentiacutus: mamífero mais velho da América do Sul viveu no período cretáceo, quando ainda existiam dinossauros (University of Louisville)
Em estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature, paleontólogos argentinos afirmam terem encontrarado crânios do mamífero mais antigo que já viveu na América do Sul. Os ossos têm 100 milhões de anos e são dos mamíferos da Ordem Dryolestida.
Os crânios fossilizados foram encontrados em 2006 no norte da Patagônia, na província argentina de Rio Negro, mas foram necessários vários anos para eles serem extraídos e analisados em laboratório.
University of Louisville
Cronopio dentiacutus
Cronopio dentiacutus
A importância da descoberta é grande pois esses são os primeiros crânios desse tipo de animal encontrados e datam do fim do período Cretáceo (entre 145 e 65,5 milhões de anos atrás). O achado preenche uma lacuna de 60 milhões de anos no registro fóssil dos mamíferos do continente.
"Sabíamos que era importante por causa da idade das rochas e porque achamos crânios", disse o paleontólogo argentino Guillermo Rougier, da Universidade americana de Louisville. Segundo ele, tudo o que se sabia até agora desses mamíferos era pelo estudo de dentes ou fragmentos de ossos.
Batizado Cronopio dentiacutus, era do tamanho de um musaranho, media entre 10 e 15 centímetros de comprimento e se alimentava de insetos. A espécie viveu na mesma época dos dinossauros, há mais de 100 milhões de anos, e seu habitat natural eram planícies pluviais. Os crânios revelam que o mamífero tinha longos dentes caninos, focinho estreito e uma cabeça curta e arredondada.
Segundo Rich Cifelli, professor de zoologia na universidade americana do Alabama, o descobrimento destes fósseis representa para a paleontologia o que foi a pedra Rosetta (que permitiu decifrar os hieróglifos) para a egiptologia.
'Os novos fósseis são uma espécie de pedra Rosetta para compreender a genealogia dos primeiros mamíferos sul-americanos e onde eles se situam em relação ao o que conhecemos do norte do continente', disse Cifelli.
(Com Agência EFE)
 Fonte: Revista Veja    nov/2011

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